Archive for the 'Textos' Category

Governo defende parceria de escolas públicas com lan houses para ampliar acesso à internet

O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, avalia como “acertada” a estratégia do governo de querer ampliar o acesso à internet de alta velocidade na zona rural por meio da frequência de 450 megahertz (MHz), em vez do uso de satélites. Ele disse que o Estado tem “uma dívida com o Brasil rural” por ainda não ter concretizado a inclusão digital nessas áreas e acenou com a possibilidade de o governo criar mecanismos para as aproximar lan houses das escolas públicas e dos cursos técnicos promovidos pelo Sebrae.

Ele credita esse atraso a uma decisão estratégica do governo, que optou pela migração da frequência de rádio usada pela Polícia Federal (450 MHz) a fim de abrir espaço para a interiorização da internet. “Atrasarmos em dois anos [aguardando a liberação da frequência, pela PF, e a licitação para uso] com o objetivo de evitar preços maiores na transmissão de internet por satélites”, disse Alvarez. O governo ainda está aguardando a migração da PF para outra faixa de frequência para abrir a licitação da faixa de 450 MHz.

Ele acenou também com a possibilidade de usar os recursos do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para facilitar o acesso de mais de 15 milhões de pessoas do meio rural à banda larga.

O secretário propôs, ainda, a ampliação dos telecentros e a qualificação das lan houses para torná-las um ambiente de acesso ao conhecimento e à informação. “As lans muitas vezes são vistas de forma preconceituosa, como ambiente de jogo. Isso pode ser mudado e elas podem, inclusive, prestar serviços para o Sistema S”, disse Alvarez. O Sistema S é um conjunto de entidades que representam o interesse de categorias econômicas como comércio, indústria e transportes.

Alvarez acrescentou que estão sendo analisadas parcerias com o Ministério da Educação com o objetivo de incluir as lan houses no Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), para usar dessas estruturas na rede pública de ensino.

Fonte: Agência Brasil

Um blog para cada professor

Por Ricardo Neves
Revista Época – Junho/2007

O e-mail do leitor Stefanuto Rodrigues me traz suas inquietações: “Tenho lido matérias sobre criatividade, inovação e mudanças no mundo de hoje, mas fico sempre pensando: será que não estamos dando muita atenção a algo que já deveria ser corriqueiro em nossas vidas? Será que, quando observamos as mudanças e falamos delas como fenômenos, não deixamos de participar do que realmente está acontecendo, nos colocando em uma posição de quem vê de fora o ‘problema’, em vez de nos sentirmos parte dele?”.

Stefanuto tem razão. Penso que realmente a maioria das pessoas tende a se colocar fora do “problema”. Porém, além da passividade, existe uma tendência crescente e mundial das pessoas de se sentirem vitimas da realidade. Isso, em minha opinião, é muito mais grave. Abrem-se novas avenidas de transformações todas as vezes que assumimos a ousadia de nos tornar mais co-responsáveis pela solução dos “problemas” deixando de ser menos passivos e menos autovitimnados.

Vejamos o problema da incapacidade da escola em acertar o passo com a absorção do computador e da internet corno ferramentas de transformação da qualidade na educação. A digitalização de diversas áreas da atividade humana tem acontecido de forma assombrosa e positiva, mas a escola resiste. Ainda está mais para o tempo da palmatória que para o tempo da internet.

Podemos culpar apenas o sistema: governos e políticos deveriam roubar menos, ser mais eficientes e investir mais em educação. Isso é verdade. Infelizmente, não há solução satisfatória no curto prazo. Podemos propor o caminho das generosas boas intenções, como o projeto mundial “um laptop para cada criança”. Mas, de forma pragmática, penso que o foco certo, no lugar certo, é: o professor é quem precisa e pode acertar o passo em primeiro lugar.

Os professores, em especial os do ensino médio e sobretudo os de escolas particulares, onde estão os adolescentes que têm computador em casa, se sentem mal quando são confrontados com a intimidade e maestria de seus alunos com o novo mundo digital. Um amigo meu, professor do ensino médio, me confidenciou que, no fundo, a atitude da maioria de seus pares contra as ferramentas e os processos digitais do conhecimento traduz uma mistura de profunda má vontade, ressentimento e medo.

Professores e alunos são, na verdade, parte do problema e da solução. Ao ensino médio se dedicam no país pouco mais de 500 mil professores. Eles são responsáveis por 5 milhões de alunos adolescentes. Desses, na rede particular estão l milhão de estudantes e 116 mil professores.

No surpreendente Brasil já se pode comprar computador zero-quilômetro por menos de R$ 1.000. São vendidos 8,3 milhões deles anualmente e 22,1 milhões de brasileiros navegam no ciberespaço a partir da residência. Nas cidades, os custos de ter uma máquina e conseguir recursos e capacitação para ser proficiente em navegação na internet, incluindo criar um blog, são, convenhamos, modestos e acessíveis. Incluído aí o meio milhão de professores do ensino médio. Afinal, 481 mil destes têm diploma de curso superior.

Não se exclui a alternativa de transformar a política pública de educação, mas existe aí um desafio de atitude individual a tomar, caro professor. E não é proposta de revolução. Que tal se, antes de ter “um laptop para cada criança”, fôssemos, dentro de um par de anos, o primeiro país do mundo onde todo professor do ensino médio tivesse o próprio blog e fosse capaz de usá-lo como ferramenta de sua missão? Com a palavra, o professor.

Estudantes criam blogs para desenvolver a aprendizagem

A professora Elayne Stelmastchuk sempre apreciou as novas tecnologias usadas na educação. Quando elas chegaram à Escola Estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes, em Nova Fátima, no norte do Paraná, Elayne procurou se atualizar para usá-las em sala de aula. Formada em ciências, com habilitação em matemática e pós-graduação em instrumentalização para o ensino de ciências, a professora mantém dois blogs e estimula a criação de outros pelos alunos. Ela acredita que a ferramenta contribui para melhorar o ensino-aprendizagem, de forma colaborativa e dinâmica.

Professora há mais de 20 anos, Elayne dá aulas de ciências e de matemática para turmas do sexto ao nono ano (quinta à oitava série) do ensino fundamental. O primeiro blog, criado em janeiro de 2010, aborda o tema ciências; o segundo, matemática. Ambos foram criados com os mesmos objetivos — proporcionar a inclusão digital dos alunos, melhorar o ensino-aprendizagem e expandir o espaço presencial de aprendizagem para o virtual.

A implementação do projeto de blog foi iniciada com os estudantes do sétimo ano. Interessados em participar, eles usaram o blog de ciências da professora para pesquisar, assistir a vídeos sobre assuntos estudados em sala de aula, enviar dúvidas e apresentar sugestões. “Como incentivo, sugeri que cada equipe construísse o próprio blog, dentro de uma temática de ciências. Assim, surgiram vários”, conta Elayne.

A professora usa os blogs durante as aulas no laboratório digital da escola e procura estimular os alunos a fazer pesquisas fora do espaço escolar. “O projeto contribuiu para a aprendizagem” revela. “Houve melhora significativa e, com ele, foi possível aos alunos ter outra visão sobre o uso da ferramenta, que para muitos era usada apenas para jogos.”

Elayne também abordou temas como os cuidados necessários e as regras de comportamento recomendadas para uso na internet.

Fátima Schenini para o portal do MEC

Confira os blogs:

• Blogando com Ciência
• Blogando com Matemática

Professor sabe menos de computador que o aluno

Por Isis Brum – Jornal da Tarde

Os alunos sabem mais que os educadores sobre conteúdos digitais e ferramentas tecnológicas. No País, 64% dos professores admitem a defasagem sobre o uso do computador em relação a suas turmas, segundo dados da primeira edição da pesquisa TIC Educação, realizada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Divulgado nesta terça-feira, 9, o estudo pretende identificar o uso dos computadores e da internet nas escolas brasileiras e se o conteúdo aprendido se transforma em conhecimento. Foram entrevistados 1.541 professores, 4.987 alunos, 497 diretores e 428 coordenadores pedagógicos em 497 instituições de ensino da rede pública municipal e estadual. Conhecer o computador é um dos desafios para integrar as tecnologias da informação e da comunicação às atividades pedagógicas em sala de aula, de acordo com o estudo. A distância entre o professor e o equipamento pode ser percebida em sua desconfiança com relação ao conteúdo oferecido pela internet – 31% deles não confiam nos dados disponíveis na web. Outros 35% creem que os estudantes ficam sobrecarregados de informação e 31% pensam que os estudantes perdem o contato com a realidade.

Coordenador de pesquisas do Cetic.br, Juliano Cappi diz que o perfil do professor – que não é nativo digital e sua faixa etária varia de 31 anos a mais de 46 – ajuda a explicar porque a tecnologia ainda não é aplicada em sala de aula. “Mas há uma demanda reprimida, pois os professores compram seus computadores, pagam cursos e até levam seus equipamentos para a sala de aula”, aponta. “A capacitação do professor é fundamental”, comenta Jorge Werthein, vice-presidente da Sangari no Brasil e representante do escritório das Nações Unidas para a Educação no Brasil (Unesco) de 1996 até 2005. “O que ele está dizendo (neste estudo) é ‘eu não consigo usar esse instrumento porque não fui exposto à essa tecnologia quando criança ou na faculdade’”, interpreta Werthein. Gerente de Educação, Juventude e Cultura da Fundação Telefônica, Milada Gonçalves sugere que o educador deve tratar o estudante como um parceiro nesse processo “e não como alguém que o desafia a aprender mais para ensinar   depois”. Só livros e aula não estimulam a nova geração – Quase um terço dos professores acredita mais nos métodos tradicionais de ensino – uso de livro, pesquisa em biblioteca e aula expositiva – que no uso das tecnologias de informação e da comunicação para as práticas pedagógicas. Para os pesquisadores, o confinamento dos equipamentos em laboratórios (80% das atividades são realizadas neles) – e não integrados à sala de aula – é uma demonstração do desconhecimento do potencial do equipamento e da internet na sala de aula. Milada Gonçalves, da Fundação Telefônica, diz que o papel do educador, como mediador das informações disponíveis, é, entre outros, desenvolver nos seus alunos habilidades de pesquisa e seleção das informações, comunicação (como se comportar e se proteger na web) e autoria (publicação de conteúdos). “O professor tem de planejar suas atividades pensando que, hoje, a internet é o principal meio de comunicação e de relação entre pessoas”, observa. “Não é possível ensinar a geração do século 21 com métodos do século 19.”

TEXTO: “Vovó nagô e papai branco – usos e abusos da África no Brasil”

Foi recomendada a leitura dos capítulos 2 e 4 da dissertação de Beatriz Góis Dantas para discussão na próxima aula (21 de maio). É possível ler o texto na janela acima ou baixar –  para isso, CLIQUE AQUI.

Texto de Robin Law sugerido para aprofundamento

O  texto de Robin Law recomendado pelo professor Marcus Carvalho para complementar nosso embasamento foi o seguinte:

Texto do “Anjo Gabriel”

O texto apresentado na última aula em arquivo fotográfico (clique na imagem para ampliar):

Diário de Pernambuco, 17 de abril de 1837

Diário de Pernambuco, 17 de abril de 1837

Notas Dominicais – L. F. Tollenare

O livro “Notas Dominicais tomadas durante uma residência em Portugal e no Brasil nos anos de 1816, 1817 e 1818 (parte relativa a Pernambuco)” do cronista francês Tollenare está integralmente digitalizado e pode ser baixado ao clicar aqui. O arquivo em PDF possui 19 MB e está disponível no site www.archive.org, onde várias outras publicações raras também podem ser acessadas gratuitamente.

Textos para discussão na aula do dia 19 de março

Como combinado, os textos para leitura e discussão são os seguintes:

Textos para a próxima aula (12 de março)

Como combinado, as aulas serão retomadas no dia 12 de março e até lá todos precisarão cumprir as leituras dos textos abaixo:

Biografia de Baquaqua em versão PDF

O nosso colega José Alberto conseguiu o texto em formatação PDF, de melhor manuseio que a versão postada no blog anteriormente. Então postamos um novo arquivo para que todos possam salvar e ler.

Repostagem de texto

Caso alguém tenha tido dificuldade ao abrir o texto anteriormente postado para a aula do Prof. Marcus Carvalho do próximo sábado, eis uma nova postagem abaixo. Cheguei a testar o link anterior e não identifiquei erro, pois funcionou normalmente e o arquivo estava sem falha. De qualquer forma, o link abaixo está ligado a uma nova cópia do texto:

O ATLÂNTICO ESCRAVISTA: AÇÚCAR, ESCRAVOS E ENGENHOS

Qualquer dificuldade no acesso, comentem abaixo ou entrem em contato comigo: pauloalx@gmail.com

Biografia de Mahommah Baquaqua

O texto está disposto na forma de arquivos de imagem. Clique com o botão direito do mouse em cada imagem, escolha a opção “salvar imagem como”, guarde o arquivo na pasta de sua preferência e leia através de seu visualizador de imagens.

Leituras indicadas

Aqui estão os arquivos de textos para as nossas leituras. Os arquivos estão em formato PDF.


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